Não tem outro assunto na boca do povo. O novo coronavírus (COVID-19) está se espalhando pouco a pouco pelo Brasil e mudando os hábitos de trabalho e vida social por aqui.
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O retorno dos bidês com o coronavírus e a falta de papel higiênicoLogo, é praticamente impossível que as crianças já não tenham ouvido falar na doença. Então, é importante que os pais conversem com os filhos para tirar suas dúvidas e diminuir possíveis temores.
Veja nossas dicas:
Fale a verdade
Em primeiro lugar, seja franco. Mas também não precisa compartilhar as tragédias e falar que o coronavírus está matando milhares de pessoas no mundo. Diga que é uma doença nova, que precisamos reforçar os cuidados de higiene e que a criança vai ficar alguns dias ou semanas sem ir à escola;
Linguagem adequada
Use palavras que a criança consiga entender. Pode falar que essa nova doença é causada por um “bichinho” que ninguém consegue enxergar. Se a criança for mais velha ou mais madura, pode falar o nome correto do vírus.
Cuidado com os idosos
Do mesmo modo, explique também que, no momento e pelas próximas semanas, precisamos evitar o contato com pessoas mais velhas na família, pois o coronavírus pode causar sintomas mais graves nos idosos. Caso o contato seja inevitável, por exemplo no caso dos avós viverem junto com os filhos e netos, diga para as crianças segurarem os abraços e beijos por enquanto;
Lava a mão
Transmita os cuidados básicos de higiene que as crianças devem sentir: lavar as mãos com água e sabão sempre que chegar da rua, antes de comer e depois de usar o banheiro; usar álcool gel; se tossir ou espirrar, fazer isso em um lenço descartável ou na parte interior do braço e evitar colocar as mãos na boca, olhos e nariz;
Lide com o medo
Se a criança estiver com muito medo de adoecer, deixe-a desabafar e não minimize seus temores. Explique que o coronavírus costuma ser mais brando em crianças e que, caso ela desenvolva a doença, poderá desenvolver sintomas parecidos com os da gripe e resfriado, como febre, tosse, coriza, dor de garganta ou dor de cabeça. O desconhecido provoca medo e, ao falar de sintomas que a criança provavelmente já vivenciou, o temor é amenizado.
Seja o exemplo
Dê o exemplo aos filhos, evitando sair de casa sem necessidade e lavando as mãos sempre que necessário;
Respire fundo
Ao mesmo tempo em que acalma seus filhos, controle os seus próprios medos. Não precisa parecer invulnerável, mas também não demonstre pânico na frente das crianças. Se os pais estão tranquilos, as crianças se sentirão mais seguras;
Faça do limão uma limonada
Por fim, aproveite esse momento para ensinar sobre solidariedade aos filhos, sobre ajudar o outro, sobre dividir as compras do mercado, etc.
Fontes: Michelli Freitas, psicopedagoga e mestranda em ciências do comportamento e diretora do IEAC (Instituto de Educação e Análise do Comportamento), em Goiânia (GO); Camila Bertoldo Pinheiro, médica infectologista do Hospital Metropolitano Lapa, em São Paulo; Andrea Valente, psicóloga clínica de crianças e adolescentes com mestrado em educação e integrante do setor de inclusão de estudantes da PUCPR de Londrina